segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

O mundo de Sofia.


Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões-postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo. Os postais são enviados do Líbano, por um major desconhecido, para uma certa Hilde Møller Knag, garota a quem Sofia também não conhece. 

O mistério dos bilhetes e dos postais é o ponto de partida deste romance fascinante, que vem conquistando milhões de leitores em todos os países e já vendeu mais de 1 milhão de exemplares só no Brasil. De capítulo em capítulo, de “lição” em “lição”, o leitor é convidado a percorrer toda a história da filosofia ocidental, ao mesmo tempo que se vê envolvido por um thriller que toma um rumo surpreendente.

  • Valor R$ 49,90
  • Unidades: 03
  • Capa comum: 568 páginas
  • Editora: Seguinte; Edição: Nova (19 de novembro de 2012)
  • Idioma: Português
  • Dimensões do produto: 21 x 14 x 3,4 cm
  • Peso do produto: 635 g

Caixa Martha Medeiros. 3 volumes. Paixão crônica; Felicidade crônica; Liberdade Crônica.


Desde seus primeiros textos, Martha Medeiros sempre chamou a atenção por seu frescor de estilo e ideias. A partir de 1994, quando começou a escrever colunas semanais para alguns dos principais veículos da imprensa brasileira, a paixão, a liberdade e a felicidade se tornariam temas caros e frequentes à jovem e habilidosa cronista, que, explorando suas múltiplas facetas, os tornava (e ainda os torna) inesgotáveis. Nesta caixa o leitor encontra três livros contendo os melhores textos da autora: Paixão Crônica, Felicidade Crônica e Liberdade Crônica. 


  • Valor R$ 89,70
  • Unidades: 01
  • Capa comum: 760 páginas
  • Editora: L&PM (15 de agosto de 2014)
  • Idioma: Português
  • Dimensões do produto: 21,6 x 14,4 x 5,2 cm
  • Peso do produto: 1,3 Kg

Linguística aplicada ao português. Morfologia.


O objetivo básico deste trabalho é proceder à operacionalização para o ensino das descrições teóricas sobre morfologia, especialmente aquelas propostas na obra clássica de Mattoso Câmara Jr.


  • Valor R$ 29,00
  • Unidades: 01
  • Capa comum: 112 páginas
  • Editora: Cortez; Edição: 2012 (1 de janeiro de 2012)
  • Idioma: Português
  • Dimensões do produto: 21 x 14 x 0,8 cm
  • Peso do produto: 159 g

Lugar nenhum. Militares e civis na ocultação dos documentos da ditadura.


Entre os incontáveis mistérios que cercam o período da ditadura civil-militar no Brasil (1964-1985), a ocultação dos arquivos secretos da repressão é um dos mais controversos. Ainda existem registros desconhecidos sobre o período? Por que os militares insistem em ocultar seus arquivos mesmo passados trinta anos do fim do regime ditatorial? Por que, de Sarney a Dilma, nenhum presidente civil do pós-ditadura ordenou a abertura dos arquivos secretos? O que esse impasse diz sobre o poder das Forças Armadas e a democracia no Brasil de hoje? Eis algumas perguntas que este livro procura responder. Farto em informações inéditas e escrito com agilidade e precisão, Lugar nenhum revolve feridas abertas e traz à luz uma página sombria da história brasileira.

  • Valor R$: 38,00
  • Unidades: 02
  • Capa comum: 170 páginas
  • Editora: Companhia das Letras; Edição: 1ª (29 de setembro de 2015)
  • Idioma: Português
  • Dimensões do produto: 20,8 x 13,5 x 1,8 cm
  • Peso do produto: 322 g

O iluminismo como negócio.


Em 1777, a filosofia estava na moda. A transformação da filosofia em moda foi decorrência do longo processo de edição - nem sempre elegante, nem sempre desinteressado - da Enciclopédia de Diderot e d'Alembert. Edições piratas, alterações de texto efetuadas por editores ou revisores, contrafações, traições, contrabando, propaganda mentirosa, utilização de privilégios - eis alguns dos ingredientes da história. Por tudo isso, a Enciclopédia vista por Robert Darnton não é apenas um projeto coletivo de intelectuais corajosos, mas também o retrato vivo do mundo dos negócios no início dos tempos modernos: um mundo em que o combate entre os editores era de vida ou morte, um mundo onde se percebe com nitidez o comprometimento dos trabalhadores envolvidos na produção da obra, a habilidade dos que se encarregaram de difundi-la, a atividade dos viajantes comerciais, as dificuldades dos livreiros - e as metas e ideais de seus leitores.

  • Valor R$ 68,00
  • Unidades: 01
  • Capa comum: 576 páginas
  • Editora: Companhia das Letras; Edição: 1ª (15 de agosto de 1996)
  • Idioma: Português
  • Dimensões do produto: 22,8 x 16,2 x 3 cm
  • Peso do produto: 939 g

Professores para quê? Para uma pedagogia da pedagogia.


Este é um livro que se coloca decididamente na contracorrente. É um ensaio que pretende inferir, sob as abstrações, o significado permanente da educação, através da relação do mestre com seu discípulo. Diante do sonho de uma aprendizagem de massa, na escala de uma civilização de massa, é compreensível que este ensaio possa assumir o tom de um requisitório e de um panfleto.

  • Valor R$ 40,40
  • Unidades: 01
  • Capa comum: 214 páginas
  • Editora: WMF Martins Fontes; Edição: 2 (1 de janeiro de 2003)
  • Idioma: Português
  • Dimensões do produto: 8,4 x 5,6 x 1,3 cm
  • Peso do produto: 227 g

O que é a felicidade?


Em narrativa lúcida e com elementos da mitologia, da filosofia, da arte e da literatura, Malouf traça o conceito de felicidade ao longo da história. Discute os mitos da criação da Grécia antiga e as escolas filosóficas de Atenas, analisa a declaração revolucionária de Thomas Jefferson de que "a procura pela felicidade" é um direito, explora a celebração do prazer sensual em Rembrandt e Rubens e oferece interpretação perspicaz de uma sociedade moderna cada vez maior e mais impessoal.

  • Valor R$ 29,90
  • Unidades: 01
  • Capa comum: 152 páginas
  • Editora: WMF Martins Fontes; Edição: 1 (1 de janeiro de 2014)
  • Idioma: Português
  • Dimensões do produto: 17,5 x 11,2 x 1 cm
  • Peso do produto: 181 g

Qual a tua obra?


"A idéia de trabalho como castigo precisa ser substituída pelo conceito de realizar uma obra... Enxergar um significado maior na vida aproxima o tema da espiritualidade do mundo do trabalho". Depois do sucesso de "Não Nascemos Prontos" e "Não espere pelo epitáfio" Mário Sergio Cortella publica, também pela Editora Vozes, um texto envolvente sobre as inquietações do mundo corporativo Neste livro o autor desmistifica conceitos e pré-conceitos, e define o líder espiritualizado, como aquele que reconhece a própria obra e é capaz de edificá-la, buscando incessantemente o significado das coisas.

  • Valor R$ 29,90
  • Unidades: 01
  • Capa comum: 144 páginas
  • Editora: Vozes; Edição: 1 (22 de outubro de 2007)
  • Idioma: Português
  • Dimensões do produto: 20,6 x 13,6 x 1 cm
  • Peso do produto: 358 g

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Blog da Livraria Singular


O castelo nos Pirineus.


Por cinco anos intensos na década de 1970, Steinn e Solrunn foram felizes. Então tomaram rumos diversos, por razões desconhecidas a ambos. No verão de 2007, depois de trinta anos distantes, eles se encontram por acaso no terraço de um velho hotel de madeira às margens de um fiorde no oeste da Noruega, um lugar intimamente relacionado à separação no passado. Mas terá sido esse encontro, em lugar tão significativo, um mero acaso? 
Buscando respostas a essa pergunta, e para entender como um relacionamento que prometia ser duradouro pôde acabar subitamente, o ex-casal começa uma frenética troca de e-mails - a matéria e a forma deste novo romance filosófico de Jostein Gaarder, que desta vez conta uma história de amor para discutir o embate entre o racionalismo e a espiritualidade. Na linguagem dessas missivas apressadas que inundam nossa vida cotidiana, os dois esboçam visões de mundo antagônicas e explicações contraditórias para o fim do romance. De um lado, o climatologista Steinn apenas crê no que pode ser provado pela ciência e pela razão. De outro, Solrunn, uma mulher religiosa, acredita na transcendência, em um espírito além do corpo e de nossa existência terrena. Disso resulta que as experiências compartilhadas pelos dois no hotel no litoral (a de trinta antes e a do verão corrente) serão entendidas de modo muito distinto por cada um. Apesar de se respeitarem, eles não podem concordar com a concepção do outro - até que suas certezas sejam postas à prova.

  • Valor R$ 35,00
  • Unidades: 03
  • Capa comum: 184 páginas
  • Editora: Companhia das Letras; Edição: 1ª (30 de junho de 2010)
  • Idioma: Português
  • Dimensões do produto: 20,8 x 14,2 x 1 cm
  • Peso do produto: 281 g

João e Maria.


  • Com seu reconhecido talento de contadora de histórias, a escritora Tatiana Belinky proporciona aos pequenos leitores de hoje esta deliciosa versão da inesquecível João e Maria ilustrada pelo espanhol Francesc Rovira.

  • valor R$ 20,00
  • Unidades: 01
  • Capa comum: 32 páginas
  • Editora: Martins Fontes - Selo Martins; Edição: 1ª, Nova (7 de abril de 2015)
  • Idioma: Português
  • Dimensões do produto: 18,8 x 18,6 x 0,6 cm
  • Peso do produto: 159 g

Cidadania no Brasil. O longo caminho.


A obra é um guia sobre a longa jornada da democracia brasileira, desde os primeiros passos do Brasil independente, ainda monárquico, passando pela República, até os movimentos de rua recentes. A nova edição chega quando tudo está em ebulição e em transição.

  • Valor R$: 39,00
    Unidades: 
    02
  • Capa comum: 256 páginas
  • Editora: Civilização Brasileira (19 de agosto de 2014)
  • Dimensões do produto: 20,6 x 13,2 x 1,6 cm
  • Peso do produto: 281 g

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Laudo de um viciado em internet

filipe_blog

O paciente começou com o hábito de assistir a vídeos de gatos na internet. Logo, dançava, com o fone nos ouvidos e os ombros imóveis, entre videoclipes no YouTube. O caminho foi curto para o Pornhub. Piorou com o nascente impulso de olhar tudo que amigos postavam no Facebook. Ele não se contentava com a Timeline comum. Tinha de percorrer todas as publicações, no canto superior direito da rede social, onde se vê cada passo das pessoas: o que curtem, o que compartilham, a quem respondem ou mesmo se estão interessadas em comparecer a um pré-bloco de Carnaval on-line — limito-me a dizer que não tenho ciência do que se trata tal evento.
— Cheguei a confirmar presença numa manifestação pela continuidade do churrasco na laje. Também curti o post de um amigo que escreveu “Só agora resolveram falar de David Bowie”. Compartilhei até um de um conhecido on-line que afirmou “Será que só eu tenho nojo de brigadeiro?”. E mantenho um perfil no MySpace. Tenho vergonha.
Quando deitou no divã, a situação havia progredido. Estava impossibilitado de direcionar a palavra ao interlocutor. Ao menos não sem uma microtela à frente. Com o aprofundamento da situação clínica, o paciente desenvolveu o hábito de percorrer posts no Facebook ou assistir a um protesto de artistas num vídeo de quinze segundos no Instagram, ao mesmo tempo que denunciava em palavras o próprio vício:
— Não consigo parar de rolar a barra para baixo.
Ele me apresentou ao Tor, um navegador clandestino de internet, na quinta sessão. Seu vício se estendia até ao que não gostava. Ganhou o costume de adquirir produtos ilegais, normalmente relacionados a drogas, no Silk Road. É notável que ele jamais tenha usufruído do que comprava nem tivesse vontade de usar drogas. Muitas vezes, recusava-se a abrir o pacote de entrega.
Poucas sessões depois o paciente já se dividia entre o Facebook, páginas pornô — deixava os vídeos em “play” mesmo quando não visava à autossatisfação; afirmava que era apenas pelo “prazer em ver a tela em movimento” — e canais diversos, e adversos, do navegador Tor. Por indicação de um amigo — contatado por um chat sobre vídeos de gatos —, tinha interesse crescente numa página especializada em imagens de acidentes de carros. Também demonstrava gosto por outra na qual um grupo de garotos filmava casas mal-assombradas. Contudo, evitava o que denominava de “bizarrices extremas”, a exemplo dos sites que contratavam pessoas para serem perfuradas com objetos pontudos de várias sortes, por livre vontade.
Na oitava sessão, contou que tinha reparado no sumiço de seu gato. Um real, não virtual. Parece que havia desaparecido fazia um tempo. O paciente, entretanto, declarava não lhe sobrar tempo para procurá-lo pelo condomínio de prédios onde morava.
Na décima segunda sessão, enquanto passeava por fotos de mulheres no aplicativo Tinder — tinha o hábito de também olhar retratos de homens, apesar de não se interessar sexualmente por eles —, lembrou-se de que havia tempo não conversava com a mãe por WhatsApp. Também relatou ter perdido a conta de dias que não marcava um encontro com um, aqui transcrito da forma narrada, “representante do sexo oposto”.
Na décima terceira sessão, disse ter descoberto que uma prima havia falecido 48 dias antes. Não sabia relatar se alguém o avisara da morte. Pesquisou em seu Gmail. Não achou e-mails relacionados ao assunto.
Na décima quinta, compartilhou que havia semanas faltava disposição para o trabalho. Fazia meses que adotara o home office. Agora, porém, nem matinha a produção em casa, conectado a dois smartphones, um tablet, um MacBook Air, um PC, uma Smart TV, um Apple Watch, um Google Glass, duas pulseiras de exercícios e três videogames.
Na décima sétima, soube que ele havia se divorciado. Isso alguns anos antes. Tínhamos nos esquecido de conversar sobre a questão, concluímos. O paciente falava pouco, por ter de revezar o olhar com um número crescente de dispositivos móveis.
Na vigésima, disse ter acabado o dinheiro que recebera pela rescisão de seu último contrato de trabalho. Tivemos de encerrar as consultas.
Voltei a saber do paciente num fórum sobre fãs de simuladores de aviação. Ele me reconheceu pela foto do perfil. Falamos “oi”. Ele não curtia simuladores de aviação.

***

Filipe Vilicic é autor de O clique de 1 bilhão de dólares e colunista no site da Veja. Twitter: @FilipeVilicic / Facebook: fvilicic

http://www.intrinseca.com.br/blog/2016/01/laudo-de-um-viciado-em-internet/

Sobre minha escrita – A pesquisa

Young writer searching inspiration, with an old typewriter.

A palavra glamour é originária do escocês e decorre de grammar, grammatica. Na idade média, poucos sabiam ler e escrever. A gramática era eventualmente associada a práticas ocultas e mágicas. Em inglês, a palavra grammar significava “encantamento” e também “gramática”.  Como em escocês a palavra era grafada com L (glammar), o tempo deu cabo de conceber, por fim, a acepção entendida atualmente do que seja glamour: tornar algo encantador.
Encontrei essa definição numa breve pesquisa para a coluna. Gostei de saber que glamour traz, em seu DNA, o ato de escrever. Para quem não é escritor e não sabe da luta árdua para conceber uma história, pode até fazer sentido. O autor isolado num refúgio nas montanhas, em frente a uma janela enorme, o sol iluminando o vale, o som das teclas de uma máquina de escrever antiga, as folhas em branco preenchidas por cenas que… Ah, puro glamour! Quando o leitor encontra a história pronta, dificilmente imagina a trabalheira que deu para chegar até ali.
Faulkner disse, certa vez, que um grande romancista é formado por “Noventa e nove por cento de talento, noventa e nove por cento de disciplina e noventa e nove por cento de trabalho”. Acho que é bem por aí. Escrever é trabalhar, mesmo que envolvido pela aura da criação, do sentimento e da emoção. São partes interligadas de um mesmo processo.
Nesse contexto, a pesquisa compõe a parte do chamado “meter a mão na massa”. Quando digo que sempre sei como o livro começou, mas nunca saberei como ele terminará, o que encontro durante minhas pesquisas é parte fundamental das descobertas ao longo da caminhada e responsável por inúmeros atalhos e mudanças de rumo. Por exemplo: tenho um livro que trata da troca de cartas entre dois desconhecidos, uma jovem e um velho, mas que começou como a história de um sujeito que recebia um telefonema no momento exato em que iria se suicidar. Só Deus sabe como uma coisa desembocou na outra. Provavelmente, eu estava lendo sobre suicídio, caí em cartas de suicídio, fui aos romances epistolares, li uma carta de amor e, então, o suicídio daquele sujeito já não tinha mais nada a ver com nada.
Hoje em dia o trabalho ficou muito facilitado por ferramentas da internet. É possível estudar causas e consequências de uma doença, descobrir canções que fizeram sucesso em determinada época, assistir a vídeos sobre uma profissão ou um esporte e passear virtualmente por uma rua onde o autor decidiu ambientar a cena. Fácil, mas perigoso. Há que se tomar cuidado redobrado, porque não devemos esquecer que estamos falando de romance, e não de trabalho de faculdade. Se ficar com cara de Wikipédia, o romance nasce morto.
Em última instância, nada substitui a experiência. Sempre que posso, vou aos locais onde minhas histórias acontecem. O famoso “cheiro do lugar” faz toda a diferença. Durante a escrita de Surpreendente!, apoiei minhas pesquisas em três frentes: primeiro peguei a estrada e fiz boa parte da viagem que os personagens fizeram, inclusive escutando as mesmas músicas; depois, tive o “auxílio luxuoso” de um grande amigo que sofria do mesmo problema que o personagem principal; por fim, assisti a inúmeros filmes para entender como é o universo do cinema e seus tantos clichês relatados na história.
Duas viagens estão marcadas para o fim deste mês, como parte das pesquisas para o novo livro. Já preparei meu iPod com a trilha sonora que embalará esses dias. Já separei o gravador que registrará as ideias e os sons dos cenários. E, dentro da mala, já guardei boas doses da empolgação e da certeza de que verei, com os próprios olhos, um monte de coisas que mundo virtual algum jamais poderia me mostrar.

O legado de Martin Luther King

 “A liberdade sempre foi uma coisa cara. A história é um testemunho idôneo de que a liberdade raramente é conquistada sem sacrifício e abnegação.” – Martin Luther King Jr.
 Símbolo da luta por igualdade e líder de uma revolução que ecoa até hoje, quase 50 anos depois do seu assassinato, Martin Luther King é uma referência e uma inspiração quando se fala da resistência através da não violência. O feriado nacional em sua homenagem foi oficializado na década de 1980, e acontece sempre na terceira segunda-feira de janeiro, data próxima ao seu aniversário.
Orador carismático, seus sermões inspiraram milhares de pessoas e entraram para a história. Em Um apelo à consciênciatemos uma compilação de alguns de seus discursos mais emblemáticos, incluindo o famoso “Eu tenho um sonho”, em que fala sobre sua esperança de um futuro com mais igualdade.
Já em A autobiografia de Martin Luther Kingvemos essa figura descrita por ele mesmo, com base em arquivo inédito de textos autobiográficos, incluindo cartas e diários não publicados, assim como filmes e gravações. Organizado pelo historiador, e diretor do Martin Luther King Jr. Research and Education InstituteClayborne Carson, o livro cria um inesquecível retrato em primeira pessoa do grande líder.
Para quem gosta citações, indicamos a As palavras de Martin Luther Kingque reúne trechos marcantes de seus discursos, sermões e livros. O livro conta ainda com introdução e seleção dos trechos feitos porCoretta Scott King, esposa do reverendo.
A brutalidade da segregação racial e de outras formas de preconceito são assuntos delicados, mas que precisam, inevitavelmente, ser abordados junto às crianças. Com um texto cativante e belamente ilustrado, Martin e Rosa narra a história de Rosa Parks, que desafia a segregação que os negros sofrem no sul dos Estados Unidos em meados dos anos 1950; e também a história de Martin Luther King que, pregando a não violência, expande o protesto pela igualdade. O livro conta ainda com a seção "Para compreender melhor", em que o leitor encontrará material de pesquisa que inclui: textos, fotos, documentos e um mapa sobre a vida de Martin Luther King e Rosa Parks e a luta pelos direitos civis. 

Desenhos de humor engraçados VI

20 janeiro 2016, 10:25 am

Por Edgar Moura

Edgar Moura Blog Cia das Letras Jan 2016

Edgar Moura Blog Cia das Letras Jan 2016

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Edgar Moura é diretor de fotografia e autor de Câmera na mão — Som direto e informação (Funarte, 1985), Coleção de fotografia (Senac, 2008) e 50 anos luz: câmera ação (Senac, 2009). Também conhecido como Demo, trabalhou no jornal O Pasquim como cartunista nos anos 1960. Mantém uma coluna mensal de cartuns no Blog da Companhia das Letras.

Genealogia da moral.


Escrito como complemento a Além do bem e do mal , este livro é composto de três ensaios que, sob ângulos diversos, tratam da origem dos nossos conceitos morais. Interpretando a evolução da ética como uma história da crueldade, Nietzsche critica as mais caras ideologias da tradição religiosa e filosófica ocidental - a compaixão, a igualdade, a crença na verdade - e expõe algumas de suas teses mais importantes e controversas. "As três dissertações que compõem esta Genealogia são, no que toca a expressão, intenção e arte da surpresa, talvez o que de mais inquietante até agora se escreveu. Dionísio, como se sabe, é também o deus das trevas. A cada vez um começo calculadopara desorientar, frio, científico, irônico mesmo, intencionalmente temporizador. Aos poucos, mais agitação; relâmpagos isolados; verdades bem desagradáveis anunciando-se ao longe com surdo zumbido - até ser enfim alcançado um tempo feroce em que tudo se lança adiante com tremenda tensão. No final, a cada vez, entre detonações terríveis inteiramente, uma verdade nova se faz visível em meio a espessas nuvens."Friedrich Nietzche, em Ecce homo , 1888.

  • Valor R$ 22,00
  • Unidades: 01
  • Livro de bolso: 176 páginas
  • Editora: Companhia de Bolso; Edição: de Bolso (19 de maio de 2009)
  • Idioma: Português
  • Dimensões do produto: 18 x 12,4 x 1 cm
  • Peso do produto: 159 g

Pedagogia da autonomia.


Na Pedagogia da autonomia, de 1996, Paulo Freire nos apresenta uma reflexão sobre a relação entre educadores e educandos e elabora propostas de práticas pedagógicas, orientadas por uma ética universal, que desenvolvem a autonomia, a capacidade crítica e a valorização da cultura e conhecimentos empíricos de uns e outros. Criando os fundamentos para a implementação e consolidação desse diálogo político-pedagógico e sintetizando questões fundamentais para a formação dos educadores e para uma prática educativo-progressiva, Paulo Freire estabelece neste livro novas relações e condições para a tarefa da educação.

  • Valor R$ 25,00
  • Unidades: 01
  • Capa comum: 150 páginas
  • Editora: RECORD; Edição: 1 (2007)
  • Idioma: Português

Leitura e produção de texto. Gêneros textuais do argumentar e do expor.


Aprender a escrever, envolve, como o aprendizado de qualquer habilidade, a prática, a reflexão sobre a prática e a prática do aperfeiçoamento do que se pratica. Ensinar a escrever também envolve o exercício e o consequente domínio da prática, além do exercício da orientação da prática do aluno. Aprender a ensinar a escrever envolve a experimentação de caminhos pelos quais conduzir o aprendizado. Esta é a consistente proposta que o livro tem a oferecer a alunos e professores empenhados em ensinar a aprender e a ensinar a escrever.

  • Valor R$ 26,70
  • Unidades: 02
  • Capa comum: 128 páginas
  • Editora: Vozes; Edição: 3ª (13 de junho de 2011)
  • Idioma: Português
  • Dimensões do produto: 22,4 x 15,6 x 0,8 cm
  • Peso do produto: 440 g

Através do espelho.


Do mesmo autor de O mundo de Sofia, essa é a história de Cecília Skotbu, uma menina que vive intensamente. As coisas que vai aprendendo ela anota num caderninho. Ali ela escreveu, por exemplo: "Nós enxergamos tudo num espelho, obscuramente. Às vezes conseguimos espiar através do espelho e ter uma visão de como são as coisas do outro lado. Se conseguíssemos polir mais esse espelho, veríamos muito mais coisas. Porém não enxergaríamos mais a nós mesmos". Cecília passa quase o tempo todo em seu quarto, deitada na cama. Ela está morrendo. Sua história é uma preparação para a morte e por isso é também um mergulho na vida. Ela morre como quem viaja, prestando atenção em tudo. Através de seu olhar profundo, o outro lado do espelho se torna um pouco mais claro para nós.

  • Valor R$ 36,00
  • Unidades: 03
  • Capa comum: 144 páginas
  • Editora: Companhia das Letras; Edição: 1 (7 de abril de 1998)
  • Idioma: Português
  • Dimensões do produto: 21,1 x 13,7 x 1 cm
  • Peso do produto: 204 g

Branca de neve e os sete anões.



Com seu reconhecido talento de contadora de histórias, a escritora Tatiana Belinky proporciona aos pequenos leitores de hoje esta deliciosa versão da inesquecível Branca de Neve e os sete anões ilustrada pelo espanhol Agustí Asensio.

  • Valor R$ 20,00
  • Unidades: 01
  • Capa comum: 32 páginas
  • Editora: Martins Fontes - Selo Martins; Edição: 1ª, Nova (7 de abril de 2015)
  • Idioma: Português
  • Dimensões do produto: 18,8 x 18,2 x 0,6 cm
  • Peso do produto: 181 g

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Novidades!

Os gregos acreditavam em seus mitos?


Ao decidir estudar, a partir da crença dos gregos em seus mitos, a pluralidade das modalidades de crença – a crença no que os outros dizem, a crença por experiência própria –, Paul Veyne concluiu que, em vez de falar de crenças, deveria falar de verdades, elas próprias imaginações. “Nós não fazemos uma ideia errada das coisas: a verdade das coisas é que, através dos séculos, foi constituída de maneira peculiar”, escreve. Longe de ser a mais simples experiência realista, a verdade, diz o autor, é a experiência mais histórica de todas. Ele explica que as verdades relacionam-se a contextos culturais, e podem ser questionadas em outras esferas de cultura, diferentes. O olhar contemporâneo sobre o passado ilustra essa visão, pois costuma classificar a quase totalidade das produções anteriores como delírio e considerar como verdade, e muito provisoriamente, somente o que constitui o “último estado da ciência”. Veyne explica que seu interesse sobre verdades, justamente a partir da crença, não tem intenção de afirmar que a imaginação anuncia as futuras verdades e deveria estar no poder. E, sim, que as verdades já são imaginações “e a imaginação está no poder desde sempre; ela, e não a realidade, a razão ou o longo trabalho do negativo.”

  • Valor R$ 34,00
  • Unidades: 01
  • Capa comum: 206 páginas
  • Editora: UNESP; Edição: 1 (1 de julho de 2014)
  • Idioma: Português
  • Dimensões do produto: 20,8 x 13,7 x 1,3 cm
  • Peso do produto: 340 g

sábado, 16 de janeiro de 2016

Einstein foi o primeiro a deduzir que E = mc²?

O grande físico não foi o primeiro a relacionar massa e energia, nem foi o primeiro a provar definitivamente a equação


Por Tony Rothman


Nenhuma equação é mais famosa que E = mc2, e poucas são mais simples. De fato, a fama da equação imortal se deve principalmente à sua absoluta simplicidade: a energia Ede um sistema é igual à sua massa m multiplicada por c2, a velocidade da luz ao quadro. A mensagem da equação é que a massa de um sistema é uma medida de seu conteúdo de energia. No entanto, E = mc2 traduz alguma coisa mais fundamental. Se pensarmos emc, a velocidade da luz, como um ano-luz por ano, o fator de conversão c2 torna-se igual a 1. O que faz com que a equação se reduza a E = m. Energia e massa são iguais.

De acordo com o folclore científico, Albert Einstein formulou sua equação em 1905 e de uma estocada só, explicou como a energia é liberada em estrelas e em explosões nucleares. Essa é uma simplificação exagerada. Einstein não foi a primeira pessoa a considerar a equivalência entre massa e energia, na verdade, nem foi ele quem a provou.

Qualquer pessoa que passou por um curso básico de eletricidade e magnetismo sabe que corpos carregados conduzem campos elétricos, e que cargas em movimento também criam campos magnéticos. Portanto, partículas eletrizadas em movimento carregam campos eletromagnéticos.

No fim do século 19, filósofos da natureza acreditavam que o eletromagnetismo era mais fundamental que as leis do movimento de Isaac Newton, e que o próprio campo eletromagnético forneceria a origem da massa. Em 1881 J. J. Thomson, que mais tarde viria a descobrir o elétron, tentou demonstrar pela primeira vez, que isso seria possível calculando explicitamente o campo magnético gerado por uma carga esférica em movimento e mostrando que o campo induzia uma massa no interior da própria esfera.

O efeito é totalmente análogo ao que ocorre quando deixamos cair uma bolinha de frescobol no solo. A força da gravidade puxa a bola para baixo. Forças de flutuação e de arraste do ar impedem a queda da bola. Mas isso não é tudo. Com arraste ou sem arraste, para a bolinha cair ela precisa empurrar para fora de seu caminho o ar que está à sua frente e esse ar tem massa.

A massa “efetiva” da bolinha em queda é, consequentemente, maior que sua massa em repouso. Para Thomson o campo da esfera agiria como o ar na frente da bolinha, e nesse caso a massa efetiva da esfera seria toda a massa induzida pelo campo magnético.

O resultado ligeiramente complicado de Thomson dependia da carga, do raio e da permeabilidade magnética do corpo, mas em 1889, o físico inglês Oliver Heaviside simplificou os cálculos de Thomson e mostrou que a massa efetiva deveria ser m = (43) E/c2, onde E é a energia do campo elétrico da esfera. Os físicos alemães Wilhelm Wien — famoso por suas pesquisas sobre a radiação do corpo negro — e Max Abraham, obtiveram o mesmo resultado: que se tornou conhecido como “massa eletromagnética” do elétron clássico (o que nada mais era que uma minúscula esfera carregada). Apesar de que, para haver massa eletromagnética era preciso que o corpo estivesse carregado, e em movimento, o que claramente não se aplicava a todos os corpos, essa foi a primeira tentativa séria de relacionar massa e energia.

Tampouco foi a última. Quando, em 1884, o inglês John Henry Poynting enunciou o famoso teorema sobre conservação da energia do campo eletromagnético, outros cientistas tentaram rapidamente estender as leis da conservação para massa mais energia.

De fato, em 1900, o sempre presente Henri Poincaré declarou que se supusermos que o momentum de quaisquer partículas presentes num campo eletromagnético mais o momentum do próprio campo são ambos conservados, então o teorema de Poynting previa que o campo deve agir como um “fluido fictício” com massa tal que E = mc2. Poincaré, no entanto, não conseguiu relacionar E com a massa de qualquer corpo real.

O escopo das investigações foi ampliado novamente em 1904 quando Fritz Hasenöhrl criou um experimento mental envolvendo energia térmica numa cavidade em movimento. Relegado ao esquecimento nos dias atuais, exceto pelos detratores de Einstein, Hasenöhrl era na época mais famoso que o analista desconhecido do registro de patentes.

Hasenöhrl escreveu uma excelente trilogia de artigos — “Sobre a teoria da radiação de corpos em movimento”. Os dois últimos foram publicados no periódicoAnnalen der Physik, em 1904, e no início de 1905. No primeiro ele imaginou uma cavidade cilíndrica perfeitamente refletora na qual as duas calotas das extremidades — que serviam de aquecedores — eram ligadas, enchendo a cavidade com calor comum, ou em linguagem da física, com radiação de corpo negro. A terceira lei de Newton (“toda a ação gera uma reação igual e oposta”) afirma em linguagem moderna que qualquer fóton emitido por um aquecedor deve exercer uma força externa contra cada um deles (podemos supor que essas forças externas sejam o que mantém as calotas presas ao cilindro). Mas como fótons idênticos são emitidos de cada extremidade, as forças têm a mesma intensidade. Pelo menos, quando vistas por observador localizado no interior da cavidade.

Hasenöhrl, então perguntou, a seguir, como o sistema seria visto ao se deslocar com velocidade constante em relação a um observador situado no laboratório.

A física básica afirma que a luz emitida por uma fonte que se aproxima de um observador se desloca para o lado azul do espectro visível, e se a fonte se afasta do observador a luz se desloca para a extremidade vermelha do espectro. É o famoso desvio Doppler. Fótons emitidos por uma das calotas das extremidades sofrerão então desvio Doppler para o azul para o observador localizado no referencial do laboratório e os da outra extremidade serão desviados para o vermelho. Fótons azuis transportam mais momentum que vermelhos, por isso, para manter a cavidade se deslocando a uma velocidade constante as duas forças externas agora precisam ser diferentes. Uma aplicação simples do “teorema do trabalho-energia”, que relaciona a diferença de trabalho produzida pelas forças com a energia cinética da cavidade, permitiu que Hasenöhrl concluísse que a radiação do corpo negro tem massa m = (83) E / c2. Em seu segundo artigo, Hasenöhrl considerou uma cavidade cheia de radiação em movimento lentamente acelerado e obteve a mesma resposta. Depois de uma comunicação de Abraham, no entanto, ele descobriu um erro algébrico e em seu terceiro artigo ele corrigiu o resultado para m = (43) E / c2.

Ao considerar uma massa inerente ao calor, Hasenöhrl estendeu suas especulações anteriores além do campo eletromagnético de corpos eletrizados, até chegar a um experimento mental mais amplo, muito semelhante ao do próprio Einstein do ano seguinte que deu origem a E = mc2. Obviamente, Hasenöhrl estava escrevendo a pré-relatividade, e alguém poderia imaginar que um resultado incorreto seria inevitável. Porém, a questão não era assim tão simples. O astrônomo Stephem Boughn e eu analisamos detalhadamente a trilogia de Hasenöhrl e a alegação comum, “ele se esqueceu de levar em conta as forças que a própria cavidade exerce para manter as calotas das extremidades no lugar”, não é o problema. O maior erro no primeiro experimento mental de Hasenöhrl foi ele não ter percebido que se as calotas das extremidades emitiam calor, elas precisavam perder massa — um lapso irônico, visto que essa é exatamente a equivalência entre massa e energia que ele tentava obter. Apesar disso, Hasenöhrl estava bastante correto, a ponto de Max Planck chegar a dizer em 1909, “que a radiação do corpo negro possui inércia, foi mostrado pela primeira vez por F. Hasenöhrl”. A radiação do corpo negro — calor — tem massa.

O mais surpreendente é que no segundo experimento, no qual a cavidade já está cheia de radiação e as calotas não estão irradiando, a resposta de Hasenöhrl não está obviamente errada, mesmo de acordo com a relatividade. O famoso artigo de Einstein, E = mc2, de 1905, “A inércia de um corpo depende da energia nele contida?” considera somente uma partícula pontual emitindo uma explosão de radiação e pergunta — tal como Hasenöhrl também perguntou — como um observador em movimento vê o sistema. Ao considerar uma cavidade de comprimento finito, Hasenöhrl estava sendo muito mais audacioso, ou negligente. Corpos extensos têm produzido várias e longas dores de cabeça para a relatividade especial, como o fato de a massa do elétron clássico também sair da equaçãom = (43) E / c2. Ou seja, usando matemática relativisticamente correta obtém-se um resultado que aparentemente contradiz a reposta que qualquer um espera e quer. Argumentos sobre como resolver adequadamente a questão persistem até hoje.

Igualmente surpreendente foi o fato de que embora Einstein tenha sido o primeiro a propor a equação correta, E = mc2ele, na verdade, não a provou, pelo menos, de acordo com sua própria relatividade especial. Einstein começou utilizando relações relativísticas (efeito Doppler relativístico) que tinha deduzido alguns meses antes, mas finalmente chegou bem perto dos bits relativísticos, deixando uma resposta que se pode tirar da física puramente clássica e que pode ou não permanecer verdadeira em velocidades mais altas onde a relatividade começa a ter efeito. Além disso, embora ele tenha afirmado que sua conclusão se aplica a todos os corpos e a todas as formas de energia, Einstein certamente não fez nenhuma tentativa para prová-la. Ele sabia dos pontos fracos de suas deduções e escreveu mais alguns artigos ao longo dos 40 anos seguintes tentando consertar as coisas, mas provavelmente jamais conseguiu. Obviamente, desde então inúmeros experimentos nos convenceram de como os resultados de Einstein estavam corretos.

É natural especular se Einstein sabia do trabalho de Hasenöhrl. É difícil acreditar que não, pois a maior parte da trilogia imbatível de Hasenöhrl apareceu nas mais renomadas revistas científicas na época. Certamente, em algum momento ele conheceu Hasenöhrl: uma fotografia famosa da primeira Conferência Solvay de 1911 mostra os dois juntos em torno da mesa com outros ilustres participantes.

Assim, embora Einstein tenha atingido um definitivo avanço conceitual ao relacionar a massa de um corpo com a energia total nele contida — quer esteja ou não em movimento, quer tenha ou não um campo eletromagnético associado — é preciso atribuir também os devidos créditos a Hasenöhrl, por ter descoberto, sem ambiguidade, que o próprio calor possui uma massa equivalente, e aos físicos que o precederam por terem fornecido a estrutura que lhe serviu de apoio. E = mc2 é o final surpreendente de uma longa e intrincada história científica.

 

O artigo foi originalmente publicado sob o título “Einstein realmente criou E = mc2?"