terça-feira, 19 de janeiro de 2016

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Os gregos acreditavam em seus mitos?


Ao decidir estudar, a partir da crença dos gregos em seus mitos, a pluralidade das modalidades de crença – a crença no que os outros dizem, a crença por experiência própria –, Paul Veyne concluiu que, em vez de falar de crenças, deveria falar de verdades, elas próprias imaginações. “Nós não fazemos uma ideia errada das coisas: a verdade das coisas é que, através dos séculos, foi constituída de maneira peculiar”, escreve. Longe de ser a mais simples experiência realista, a verdade, diz o autor, é a experiência mais histórica de todas. Ele explica que as verdades relacionam-se a contextos culturais, e podem ser questionadas em outras esferas de cultura, diferentes. O olhar contemporâneo sobre o passado ilustra essa visão, pois costuma classificar a quase totalidade das produções anteriores como delírio e considerar como verdade, e muito provisoriamente, somente o que constitui o “último estado da ciência”. Veyne explica que seu interesse sobre verdades, justamente a partir da crença, não tem intenção de afirmar que a imaginação anuncia as futuras verdades e deveria estar no poder. E, sim, que as verdades já são imaginações “e a imaginação está no poder desde sempre; ela, e não a realidade, a razão ou o longo trabalho do negativo.”

  • Valor R$ 34,00
  • Unidades: 01
  • Capa comum: 206 páginas
  • Editora: UNESP; Edição: 1 (1 de julho de 2014)
  • Idioma: Português
  • Dimensões do produto: 20,8 x 13,7 x 1,3 cm
  • Peso do produto: 340 g

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