sábado, 16 de janeiro de 2016

'Steve Jobs' traz performances marcantes de Michael Fassbender e Kate Winslet

Hisória conturbada de Steve Jobs com a filha não reconhecida rege o novo longa sobre o gênio da tecnologia

O lado familiar de Steve Jobs não fica de fora no filme
 (Reprodução/Internet)

Retratar a vida de um dos maiores empresários da tecnologia em um filme de cerca de duas horas não é tarefa fácil e pode se tornar um desastre. Foi assim com Jobs, de 2013, que teve a atuação mediana de Ashton Kutcher, procurou contar todos os fatos do fundador da Apple e se atrapalhou no meio do caminho. Talvez por isso mesmo o roteiro de Aaron Sorkin, ganhador de um Oscar e recém-premiado no Globo de Ouro, em Steve Jobs, consiga prender a atenção ao explorar dramas pontuais da vida do homenageado.

A história tem como espinha dorsal a relação conturbada de Jobs com Chrisann Brennan (Katherine Waterston),  mulher com a qual o empresário teve um relacionamento que gerou uma criança, Lisa (vivida por três atrizes durante o filme). Esse relacionamento controverso, com Jobs não reconhecendo a garota como filha e gerenciando crises com Lisa é entremeado pelas histórias de sucesso e fracasso do fundador da Apple.
 
São ao todo três fases bem retratadas. A primeira é o lançamento do Macintosh, em 1984, um dos primeiros computadores pessoais, mas que foi um fracasso nas vendas — e custou o emprego de Jobs na Apple. Em seguida, o empresário tenta se reerguer com uma nova empresa, a Next, mas sem sucesso. E por fim, o triunfo quando Steve lança o iMac, que marca o retorno dele à empresa. Vale destacar a boa construção do filme, que mistura o noticiário real daquela época com a ficção, provando tudo o que está descrito ali.
 
O filme vale não só pela construção bem acertada da história, mas pelas incríveis atuações de Michael Fassbender, como Steve Jobs; Kate Winslet, como Joanna Hoffman, diretora de Marketing da Apple — o que valeu a ela um Globo de Ouro como melhor atriz coadjuvante; e Jeff Daniels, como John Sculley, ex-CEO da empresa. Diferentemente da preocupação do Jobs de Asthon Kutcher de copiar todo o gestual, Fassbender traz a figura do empresário como retratada na biografia original, com energia, teimosia e uma interpretação surpreendente. Os diálogos entre ele e Kate ou Jeff Daniels prendem a atenção e não deixam o
espectador se entediar.
 
Na direção, Danny Boyle soube tirar o melhor dos atores e fazer um longa bem interessante para fãs do empresário, da marca ou apenas curiosos sobre a personalidade de um dos maiores gênios — mesmo que de marketing — da tecnologia no mundo.
 
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